O mar não tá pra peixe (e muito menos pra Lambari) na Bolsa. Apesar da pequena recuperação, em dez pregões, tivemos nove quedas! Crise de dívida soberana na Europa e, pra piorar, possibilidade de default dos EUA.
Pessoalmente, fiz uma recalibragem nos investimentos, reduzindo a exposição à renda variável, que estava em 90%, para 50%, com os outros 50% na renda fixa. Não é bom abusar da sorte, fui exercido no lucro em VALE5, que era 45% de minha carteira de ações.
Agora, a estratégia que vou seguir é muito mais cautelosa e defensiva, e consiste na venda coberta de opções ITM, "in the money", ou dentro do dinheiro. Basicamente é quando você vende opção num valor de exercício inferior à atual cotação da ação.
Vou dar um exemplo concreto: comprei algumas VALE5 por $45,85, e vendi a opção VALEH45, a $1,85. Ou seja: com um lucro líquido de $1,00 por ação, o que dá 2,18% em um mês.
Convenhamos, nenhuma aplicação de renda fixa dá uma taxa dessas!
Tudo o que eu preciso é que a ação esteja, em 18 de agosto (vencimento da série H) acima de $45,00, para ter o capital de volta, devidamente remunerado!
É óbvio que, se houver uma queda muito acentuada, o capital vai ser corroído. Queda até $43,15 eu sai da operação no 0 a 0. Mas não vou deixar chegar a esse ponto (salvo se houver gap, o que é possível). Se o preço da ação cair até $45,00, recompro as opções H45, realizando o lucro, e vendo as ações.
Outra estratégia é comprar opções de venda (PUT), no caso a VALET44, que estão custando cerca de $0,20. É como um "stop" em 44 reais. É mais tranquilo, menos arriscado, mas também menos lucrativo.
De qualquer forma, dá pra bater a renda fixa, mesmo com o mercado em tempos bicudos como os atuais.
Um abraço a todos!
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