Ainda chove continuamente. Preocupante.
Uma garrafa de Bordeaux, ouvindo Eva Cassidy, e fazendo o almoço de domingo: quase perfeito.
É incrível como um livro de educação financeira pode mudar a vida de uma pessoa. Especialmente quando as informações nele contidas são relevantes e confiáveis.
O primeiro choque ocorre quando nos damos conta do elevado grau de ignorância, para não dizer cegueira, com que nos comportamos diante do mercado financeiro. É assustador. Imagine-se jogando uma partida de xadrez, valendo dinheiro, contra um profissional, sem conhecer direito as regras do jogo. Evidentemente, a chance de vitória é nula. Pois é assim que nos posicionamos diante das instituições financeiras, cujos simpáticos gerentes têm por objetivo simplesmente derrotar-nos, drenando nosso dinheiro para engordar os imensos lucros dos bancos, convencendo-nos a "investir" em caderneta de poupança (é brincadeira! A CEF está veiculando propaganda pesada, oferecendo os 'poupançudos da caixa' para quem abrir uma conta), títulos de capitalização (o maior estelionato do Brasil), CDB, previdência privada, fundos de ações e outras armadilhas para tomar nosso dinheiro.
Esqueça tudo isso.
Se você for extremamente conservador, o mínimo que pode EXIGIR de seu banco é uma aplicação em CDB que renda pelo menos 100% do DI (depósito interbancário). Abaixo disso, considerando a incidência de imposto de renda cujas alíquotas variam entre 22,5% a 15% sobre o rendimento, dependendo do tempo de aplicação (entre 6 meses e 2 anos), é perder dinheiro.
CDB nada mais é que um empréstimo que você faz ao banco. Como um feirante precisa de tomates para negociar, os bancos precisam de dinheiro, sua mercadoria. Os grandes bancos adquirem essa "mercadoria" a preços baixíssimos, pois têm clientes demais: NÃO FAZEM QUESTÃO DO SEU DINHEIRO.
O que fazer então, se aplicar 100% de suas economias na bolsa de valores é simplesmente loucura, e precisamos de liquidez para alguma eventualidade que possa surgir.
Muito simples.Procure seu gerente, e questione a respeito da taxa do CDB. Não se surpreenda se estiverem te pagando 90% do DI. Se ele concordar em te dar 100% do DI, o que equivale à SELIC, cotada hoje em 8,75% ao ano, você pode deixar uma parte dos recursos ali mesmo. Menos que isso, é jogar dinheiro fora.
E se o gerente negar, como devo proceder... Diga-lhe que irá procurar um banco de menor porte, que lhe dará a taxa pretendida. Dou uma sugestão, sem qualquer compromisso (não sou patrocinado): o BANIF, segundo maior banco privado de Portugal, oferece 101% do CDI para aplicações acima de R$50.000,00. Abaixo disso, tem oferecido 100%. É um bom começo...
Comunique a seu gerente a intensão de resgatar e transferir seu dinheiro para um banco menor. Ele dirá, com certeza, que não é a mesma segurança de um Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Itaú etc.
O que ele não te dirá é que, até R$60.000,00, existe um fundo garantidor entre os bancos, que serve tanto para a caderneta de poupança quanto para o CDB. A maioria das pessoas ignora que a poupança só é garantida até R$60.000,00, e que, acima disso, em caso de quebra da instituição financeira, o correntista PERDE TUDO! Ou seja: não é tão segura quanto querem nos fazer acreditar...Assim, se você tiver dinheiro "aplicado" em poupança, ou em CDB de baixa remuneração, é hora de tomar uma atitude: RESGATE TUDO, procure uma outra instituição financeira, de menor porte e NEGOCIE A TAXA DE JUROS da metade do valor resgatado, até o limite de R$55.ooo,oo (cautela e canja de galinha...). Pesquise e não aceite menos de 100% do DI. Essa será uma das parcelas de sua renda fixa. A outra será no TESOURO DIRETO, do qual falaremos na próxima postagem.
Até lá.
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