domingo, 6 de dezembro de 2009

TESOURO DIRETO

Belo Horizonte, 6 de dezembro de 2009.

Chuva fininha...
Última rodada do campeonato brasileiro. O Cruzeiro ainda tem chances (mínimas) de chegar à Libertadores...


Uma das primeiras coisas que aprendi, em matéria de finanças, é que não se pode colocar todos os ovos na mesma cesta. Assim, aplicar 100% de suas economias no instável e nervoso mercado de ações é algo que nem mesmo o mais arrojado investidor aconselha. Por isso, é essencial, antes de entrar no mercado de ações, alocar pelo menos 50% (falo por mim, que sou conservador) das economias em renda fixa. Leia-se CDB e títulos da dívida pública.
Sobre CDB, falei na última postagem: nada de aceitar menos de 100 % do DI. Se necessário, procure uma instituição financeira de pequeno porte (devidamente inscrita no Banco Central), e negocie valores até o limite de R$55.000,00, uma vez que a garantia é até R$60.000,00. Aplique ali uma parte de suas economias.
A outra parcela dos 50% restantes, aplique em títulos do TESOURO DIRETO.
Se você não sabe o que é isso, não se assuste: 99% da população brasileira não sabe. Os estrangeiros, por outro lado, têm plena consciência, e por isso estão inundando o Brasil com dólares, uma vez que em seus países jamais receberiam as taxas que são pagas pelos títulos da dívida pública brasileira.
Se você é pessoa física, acesse nesse momento o site http://www.tesourodireto.gov.br/, e descubra um mundo completamente novo, que você nunca suspeitou existir!
São oferecidos pelo Governo brasileiro títulos com diversas opões de vencimento, e com taxas que superam 12 % a.a.! É o investimento mais seguro deste país, pois qualquer banco pode quebrar, mas o Governo, que pode emitir dinheiro, jamais. Cuidado apenas com as alíquotas variáveis do imposto de renda e IOF (que incide apenas nos primeiros 30 dias). Quanto mais distante o vencimento do título, menor a alíquota. O mínimo são 15% sobre o lucro, isso acima de 720 dias (dois anos). O máximo, 22,5%. A liquidez é garantida: compras toda quarta-feira.
IMPORTANTE: para adquirir títulos da dívida pública, é necessária a intermediação de uma instituição financeira, que, obviamente, cobrará uma tarifa pelo serviço, embora você opere pessoalmente suas compras e vendas. Essas tarifas são variáveis, havendo instituições que cobram até 4% a.a., enquanto outras não cobram absolutamente nada! O site do tesouro tem um "ranking" dessas instituições. Sugiro uma vez mais o BANIF (os portugueses da ilha de Funchal deviam patrocinar meu blog...), que NÃO COBRA ABSOLUTAMENTE NADA, ZERO, para que você opere no Tesouro Direito! E só perde para o Banco do Brasil em volume de negociações. O site é: http://www.banifinvest.com.br/. Vale a pena checar.
Os títulos que você adquirir ficarão custodiados na CBLC (Central Brasileira de Compensação e Liquidação, http://www.cblc.com.br/), que cobrará uma pequena taxa anual. É o preço da segurança: se o banco intermediador quebrar, seja ele qual for, de nada interessará a você.
Amigos, é extremamente prazeroso dar uma BANANA para os bancos grandalhões, que nos tratam como lixo, pois nossos recursos são pequenos. Instituições menores, e tão seguras quanto qualquer outra pelo sistema brasileiro FAZEM QUESTÃO de ter nosso recursos.
Mas é preciso ter atitude.
É preciso sair do comodismo brutal que nos assola, e usar essa poderosa ferramenta - a internet - para nos informarmos a respeito das coisas.
Vale a pena, eu garanto!
Na próxima postagem, comentarei sobre o início de minha jornada no mundo das ações.
Até lá!

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