segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

UM ANO DO "DIÁRIO"

Olá, amigos!

Hoje faz um ano que, entusiasmado pelo mundo do mercado de capitais, criei o blog, inicialmente chamado "Diário de um acionista iniciante", posteriormente "rebatizado" "Diário de um pequeno investidor".
Desde então, tenho aprendido, aprendido e aprendido cada vez mais.
Hoje sei que ficar rico com Bolsa é ilusão. Se for esse o objetivo, esqueça.
Mas mantenho firme a convicção de que é perfeitamente possível obter um ganho superior ao que é oferecido pela renda fixa. E mais importante: é perfeitamente possível fazer das ações uma importante fonte de renda mensal, com a venda coberta de opções e proventos pagos pelas empresas.
Hoje opero apenas dois papéis, PETR4 (mais de 90% da carteira) e BVMF3. Por uma razão muito simples: a PETR continua barata. VALE5, a minha predileta, está acima de R$50,00. Desisti de TNLP4 (Telemar), pois não sai do lugar. E não me interesso mais por dividendos, cujo valor é descontado no preço da ação.
Assim, continuo firme na venda coberta, mas já agora assumindo menores riscos, vendendo em strikes um pouco mais distantes.
Com isso, tenho tido uma renda razoável, sem maiores preocupações.
Como estratégia, toda compra que faço é seguida de uma venda ATM, para me precaver de eventual queda. Mas já não arrisco tanto, opero bem menos que antes, contento-me em receber valores menores, mas mais seguros.
Pelas minhas observações, a PETR está reagindo aos poucos. Já cai menos que o IBOV, e sobe mais que o mesmo índice. Mesmo em relação à VALE, tem subido mais e caído menos, o que é um bom sinal.
A título de recordação, reproduzo aqui meu primeiro post. Saudade...

O início
Belo Horizonte, 6 de dezembro de 2009.
Embora não seja pão-duro, desde cedo aprendi a importância de guardar, quando possível, um pouco de dinheiro.
Durante muito tempo, todo o meu ganho foi direcionado para a aquisição do lote e construção de minha residência. Tenho certeza que foi o melhor investimento de minha vida. Todavia, nesse período não sobrava nada para ser guardado, pelo que não tinha nenhuma preocupação a respeito.
Finda a obra, veio o mobiliário novo. Após, a troca do automóvel, já surrado pelo uso. Em seguida, viajei pela primeira vez para o exterior. Afinal, após anos de restrições, merecíamos nos esbaldar um pouco em Paris... O fato é que, somente a partir de 2008, mesmo com pelo menos uma viagem internacional por ano, começou a "sobrar" algum dinheiro.
Como todo brasileiro mal informado, o primeiro impulso foi depositar em caderneta de poupança, mesmo sabendo do rendimento pífio. Mas, é segura, né... nem tanto, como veremos adiante.
Posteriormente, confiando no gerente do meu banco (que fez o papel dele), passei a aplicar em CDB, sem saber direito a real rentabilidade, o que era o tal do "DI". Nem sequer o percentual e a tributação eu sabia. Para minha sorte, àquela época a SELIC estava ainda elevada, o que compensou um pouco o baixo percentual do DI que certamente me foi "empurrado"...
Ainda nessa fase, também por sugestão do banco, direcionei uma parte dos recursos para um fundo de ações. Uma vez mais sem conhecer regras básicas de custos e tributação.
Veio a crise econômica. Com as sucessivas quedas da bolsa, vi o capital investido (pequeno, felizmente) diminuir dia após dia, até que resolvi deixar pra lá, esquecer daquele dinheiro.
Todavia, em 2009, a bolsa começou a reagir, especialmente no segundo semestre. Quando olhei de novo minhas aplicações, já haviam recuperado as perdas, e davam sinais de que poderiam ter algum ganho.
Apliquei um pouco mais. Diversifiquei os fundos, incluindo Vale, Petrobrás e infraestrutura. Incentivei minha mulher a fazer o mesmo com uma parte de sua economias.
Deu certo: "surfamos" uma onda de alta, e em pouco mais de um mês obtivemos um ganho muito maior que qualquer aplicação convencional.
Mas um colega de trabalho chamou-me a atenção: por que aplicar em fundos, se poderia comprar diretamente as ações, como ele fazia. A resposta era simples: comodismo.
Em meados de setembro de 2009 um fato mudou minha vida.
Certa tarde, entrei na loja Leitura do Pátio Savassi (um charmoso shopping aqui de Belo Horizonte), e adquiri o livro "As novas regras do jogo", de Rafael Paschoarelli.
A leitura foi impactante. Até hoje fico estarrecido com o nível de ignorância, de verdadeiro ANALFABETISMO FINANCEIRO que vivenciei ao longo de todos esses anos.
E fico absolutamente estupefato com esse mesmo nível de ignorância financeira de 100% das pessoas do meu meio, colegas de trabalho, amigos e familiares. A grande maioria bem sucedida profissionalmente, com curso superior, uma vida estável, mas que não tem a menor noção do que fazer com suas economias.
Pessoas que, como eu até então, são presas fáceis do sistema financeiro, e cuja ignorância permite que seu dinheiro seja drenado para o bolso de outras pessoas, normalmente os grandes bancos.
Ainda em estado de choque pela leitura, adquiri outro livro do mesmo autor: "Como ganhar dinheiro no mercado financeiro". Mais uma série de revelações avassaladoras, que me deram coragem de tomar atitudes importantes, as quais compartilharei nas próximas postagens.
Até lá.

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